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    2023-05-08
    29.º Festival

    O Festival Internacional de Música de Gaia foi criado em 1983 pelo Conservatório Regional de Gaia em parceria com o Município de Gaia, sob proposta do Maestro Mário Mateus e outros responsáveis pela cultura na edilidade.
    O FIMG obedeceu a alguns aspetos nucleares que vieram a manter-se como eixo central ao longo do seu historial: apresentação de intérpretes de nível internacional e de músicos portugueses entre aqueles que se apresentam mais de relevo, mas ainda pouco conhecidos do público português.
    Através da promoção sistemática da rúbrica “Tribuna de Jovens Intérpretes” tem proporcionado ao longo dos anos lugar de destaque a novos talentos. Em articulação a estes objetivos têm estado a preocupação constante na divulgação das obras primas da grande música europeia de todas as épocas e apoio à criação da música contemporânea, através da inclusão no programa de obras de Strawinsck, Lopes-Graça, Arvo Pärt, Sofia Gubaidulina, Stockausen, entre outros compositores contemporâneos.
    O FIMG beneficia da colaboração estabelecida com alguns dos mais belos e monumentais templos religiosos da região, nomeadamente o Mosteiro de Grijó, Mosteiro da Serra do Pilar, Mosteiro de Pedroso, Convento Corpus Christi, assim outros espaços da arquitetura religiosa de que Gaia é bastante rica.
    O Festival contribuiu decisivamente para despertar a curiosidade e formar um público próprio e renovado de edição para edição, num admirável esforço de descentralização cultural de certo modo pioneiro na época, sendo este um dos principais desideratos da criação do Festival.
    Ao longo do seu historial, o FIMG tem procurado estar a par, e por vezes, antecipar as tendências estéticas da arte musical contemporânea, proporcionando a apresentação dos mais respeitosos mentores da música antiga “historicamente informada” e dos expoentes internacionais do reportório classico-romântico e da contemporaneidade. Continua a imprimir um forte apoio aos novos valores da criação e da interpretação portuguesas, sem descurar o esforço da captação e formação de novos públicos através de atividades e formação, assim como através de atividades complementares e manifestações paralelas muitas delas ao longo do ano, servindo-se para tal de sinergias resultantes das iniciativas regulares do FIMG e Conservatório Regional de Gaia e Conservatório Superior de Música de Gaia.
    Uma das vertentes que merece especial atenção do desenho programático do presente Festival, é aquela que diz respeito ao diálogo entre culturas extra-europeias que intitulamos interculturalidades; nessa rubrica, o público terá oportunidade de fruir música étnica de diversas origens, como Cuba, Argentina, etc. Interpretadas de forma a contribuir para o enriquecimento cognitivo e sensorial dos ouvintes.
    Dado os locais onde o Festival se realiza, tivemos o cuidado de introduzir obras exemplares da música clássica, executadas por intérpretes de considerável relevo artístico, nacional e internacional, cada um no seu domínio. Como representação de uma corrente artística de interpretação e execução musical “historicamente informada”, que consideramos de grande interesse para o público, apresentamos propostas de relevo que abrangem diferentes vertentes, tais como o multiculturalismo, a religiosidade e a popularidade como um culto.
    No sentido de suscitar ainda maior interesse e adesão do público ao Festival, e dando continuidade ao que tem sido a sua linha programática, este ano contamos com dois espetáculos de Ópera de correntes estéticas distintas.
    Para dar uma panorâmica mais aprofundada da problemática da Ópera, da sua multiplicidade estilística, programamos duas peças exemplares de cada autor. “Cosi fan tutti” de W. A. Mozart, que é um dos arquétipos mais importantes do classicismo  Vienense, e uma outra peça Lírica, esta de A. Piazzolla, que dentro das suas opções estéticas constitui uma obra prima da simbiose de vários estilos, entre os quais, a linguagem típica da Argentina - o emblemático Tango sendo que é muito célebre por essa etnicidade.
    Mais uma vez se dá especial ênfase a novos talentos através da rúbrica “Tribuna de Jovens Intérpretes”, onde o público terá a oportunidade de fruir de um recital com um programa variado e abrangente que conta com canções de Fernando Lopes-Graça, Ivo Cruz e J. Rodrigo, e obras para piano solo de O. Knussen e L. v Beethoven.
    Destinatário de todo este esforço, o público do FIMG, tem correspondido calorosamente à maioria das propostas, radicadas na exigência de uma entidade afirmada, vontade de surpreender, inovar e reencontrar o espírito de aventura dos primeiros Festivais, sempre com o objetivo de atrair cada vez mais, num esforço de imprimir ao Festival o desempenho de um genuíno Serviço Público.O Festival Internacional de Música de Gaia e nomeadamente o 29FIMG tem como um dos  seus objetivos a divulgação da música clássica no território gaiense e possibilitar a diferentes públicos, nomeadamente àqueles que não desfrutam habitualmente destes eventos, o acesso à cultura, promovendo também o diálogo intercultural e a coesão territorial.
    Uma das preocupações do 29FIMG é permitir o acesso da música a todos os grupos, razão pela qual a parceria estabelecida com a APPACDM, que levará não só agrupamentos musicais à instituição num diálogo aberto com os seus utentes, como fomentará a presença dos mesmos e seus familiares em qualquer um dos Concertos, o mesmo se passando com a parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Gaia, nomeadamente através do complexo de neuro intervenção. Outro aspeto é a tentativa de participação de elementos dos bairros sociais.
    Outro dos objetivos sempre presente é a coesão territorial e a procura de diminuição das assimetrias, razões pelas quais a intervenção no campo da divulgação e da sensibilização vai concentrar-se em escolas públicas e privadas da periferia do concelho, culminando com a oferta de ingressos.

     

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